Depois de tirar um dos órgãos aos 3 anos, outro rim tem mal funcionamento. Sem dinheiro, mãe da criança corre contra o tempo: 'Não sei o que fazer'.
Marcos, de 5 anos, luta por tratamento para salvar rim único (Foto: Luísa
Gomes/G1)
A
família de Marcos Vinícius Souza da Silva, de 5 anos, moradora do Setor Vale
dos Sonhos, em Goiânia,
corre contra o tempo na tentativa de conseguir um tratamento de saúde para a
criança. Após ter retirado um dos rins aos 3 anos, um exame feito há cerca de
um mês detectou que o órgão que ainda lhe resta também está comprometido com
hidronefrose, uma obstrução do fluxo da urina que causa inchaço no rim.
Agora,
a mãe do garoto, a auxiliar de produção Jane da Silva Borges, 38, tenta
conciliar o trabalho com os cuidados que o filho requer e busca ajuda para
custear o tratamento. “Fico muito preocupada. Não consigo nem trabalhar
direito, fico pensando se um dia vou chegar em casa e ele não vai estar lá”,
diz.
Ela
lamenta os efeitos da doença, que impedem a criança de desfrutar daquilo que
mais gosta: jogar futebol. “Ele era um menino ativo, jogava bola, brincava.
Agora está proibido de todas essas atividades. Tem hora que fica muito amarelo,
fraco”, relata.
Jane
lembra que a preocupação com o filho começou durante a gestação, com o
diagnóstico de cistos no rim do bebê, e seguiu por três anos, até que o garoto
fez uma cirurgia pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para retirar um dos órgãos.
Durante esse período, Jane perdeu as contas de quantas vezes esteve com a
criança em hospitais. A doença é genética e provoca sintomas como dor lombar,
sangramento na urina e insuficiência renal, dentre outros.
Quando
a saúde do garoto já parecia ter se estabilizado, sintomas de que algo não ia
bem voltaram a aparecer: “Ele ia fazer uma cirurgia de fimose, mas estava
indisposto e o médico pediu uma ultrassonografia. Aí viram que o outro rim
também não está funcionando bem”.
Segundo
os médicos informaram à mãe, o diagnóstico oficial do que vem comprometendo o
rim único e o tratamento adequado só poderão ser obtidos com uma radiografia do
rim e sistema excretor. Porém, Jane afirma não ter condições de pagar o exame e
teme que, se depender do SUS, o diagnóstico venha tarde demais.
Ela
procurou o Posto de Saúde da Família do Residencial Vale dos Sonhos, mas afirma
que ouviu da atendente que não há previsão para quando o exame pode ser
marcado.“Só este exame custa, no mínimo, R$ 195 em clínicas particulares e nós
não temos condições de pagar isso, além de todos os remédios. Não sei o que
fazer”, afirma.
Agora,
a família luta para impedir que o órgão deixe de funcionar por completo. “O
médico disse que se tivesse descoberto antes, nós teríamos mais tempo. Até
agora, ele não pôde dar um diagnóstico preciso, só disse que eu tenho que me
preocupar. Preciso conseguir o exame para ver um médico que me possa falar
exatamente o que meu filho tem”, diz.
Ao
G1, a
Secretaria de Saúde afirmou que não há demanda reprimida para a realização do
exame de urografia excretora e que não consta no sistema do órgão solicitação
desse procedimento em
Edição:
Nova Glória News
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