Menino foi seis vezes a pronto socorro, mas médicos não viram o problema. Líquido da bateria vazou e ele teve septo nasal necrosado, em Goiânia.
Henrique, de 2 anos, passou cerca de 50 dias com bateria no nariz (Foto:
Reprodução/TV Anhanguera)
Henrique
Silva Santos, de 2 anos, passou quase dois meses com uma bateria para brinquedo
dentro do nariz. Segundo a família, ele foi atendido seis vezes no Serviço de
Atendimento da Unimed no Setor Oeste, em Goiânia, mas nenhum
profissional viu o objeto. No período em que esteve no nariz da criança, a
bateria começou a vazar e a cartilagem que divide as cavidades das narinas, o
septo nasal, acabou sendo necrosada.
O G1 entrou em contato a
assessoria de imprensa da Unimed em Goiânia que afirmou, em nota, que a empresa
está atenta ao fato ocorrido com o menino e está tomando as providências
cabíveis.
Segundo
o pai da criança, o corretor Dihosley Silva Santos, 28, eles não viram e não
sabem como o objeto foi parar no nariz de Henrique. A bateria só foi
localizada cerca de 50 dias depois que o menino queixou de dores.
“Levei
ele em um pula-pula e ele caiu de rosto na cama elástica. Ele chorou um pouco,
mas, mesmo assim, continuou pulando. No dia seguinte, ele foi levado para a
creche e se queixou de dores no nariz. A professora foi dar uma olhada e viu o
objeto metálico, que já estava bem próximo da narina. Acho que o movimento no
pula-pula deslocou o objeto”, contou ao G1.
No
dia 3 deste mês, Henrique foi submetido a uma cirurgia para retirada do objeto,
mas o líquido da pilha, que é corrosivo, já tinha danificado a cartilagem. De
acordo com o pai, o médico que atendeu o menino informou que a cirurgia para
corrigir o problema só poderá ser realizada quando ele completar 16 anos. “Até
lá, ele pode ter dificuldade de respiração, ronco sangramento, mau cheiro e
rinite alérgica”, afirma Dihosley.
Bateria liberou líquido que necrosou septo da criança (Foto:
Reprodução/TV Anhanguera)
Indignado,
o pai relata que procurou atendimento médico seis vezes, desde o dia 15 de
fevereiro quando a criança começou a se queixar de diarreia, dor de cabeça,
febre e coriza. Dihosley afirma que apenas na última ocasião um médico pediu
que a criança passasse por um exame: “Durante todo esse tempo, falavam que era
sinusite, que era virose, anemia. E esses diagnósticos foram feitos sem que
nenhum médico pedisse um exame sequer”.
A
família registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil contra o plano de
saúde e os médicos que atenderam a criança. Eles também fizeram o pedido formal
para ter acesso ao prontuário de atendimento da criança e devem propor uma ação
judicial contra os envolvidos.
“O
que a gente pede é que o médico se coloque no nosso lugar e tente nos ajudar
dando assistência. Meu filho vai ter um problema que não vai ser corrigido
agora e vamos passar anos com esse problema. O mínimo que eles podem fazer é
dar uma reposta”, pede o pai.
Fonte
e foto: G1 - Goiás
Edição:
Nova Glória News
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