Um mês de estudo no Brasil pode custar o mesmo que seis meses fora. Para eles, Mais Médicos abre portas a profissionais formados no exterior.
Jovens levam bandeira do Brasil na mala para a Rússia
(Foto: Luísa Gomes/G1)
Devido
ao alto custo de estudar fora do país, a experiência ainda é considerada, por
muitos, um luxo. Na contramão desse pensamento, um grupo de quatro jovens
goianos embarca, na segunda-feira (23), com destino a Rússia, onde passarão seis anos estudando
medicina na Universidade de Kursk. Eles afirmam que fogem dos altos preços
cobrados no ensino superior no Brasil.
Segundo o grupo, o valor médio da
mensalidade do curso em uma universidade privada brasileira pode chegar ao
valor relativo a seis meses do mesmo curso na Rússia. “Pelo programa russo,
semestralmente nós vamos pagar uma parcela que fica em torno de R$ 6 mil”,
explica Brenda Cristina Costa, de 17 anos.
Além
do valor da mensalidade, os jovens estimam gastos mensais de, em média, R$ 1,2
mil com hospedagem em um hostel da cidade e R$ 1 mil com alimentação e outras
despesas.
Eles ressaltam que os gastos não se limitam ao valor do curso,
hospedagem e alimentação. “Já gastamos cerca de R$ 15 mil antes da viagem com
as passagens, visto, vacinas, roupas para o frio, além da assessoria que fez a
ponte com a universidade”, diz João Paulo Rios Alencar, 20.
Mais
médicos
A questão financeira não foi o único motivo que levou o grupo a optar por estudar na Rússia, pois o lançamento do programa Mais Médicos, do governo federal, também incentivou a decisão. Guilherme Henrique Rodrigues, de 20 anos, acredita que, com o Mais Médicos, ficou mais fácil para os profissionais graduados em outros países conseguirem a revalidação do diploma no Brasil. “Antes era praticamente impossível passar em uma prova do revalida, mas agora esses números estão crescendo”, diz.
A questão financeira não foi o único motivo que levou o grupo a optar por estudar na Rússia, pois o lançamento do programa Mais Médicos, do governo federal, também incentivou a decisão. Guilherme Henrique Rodrigues, de 20 anos, acredita que, com o Mais Médicos, ficou mais fácil para os profissionais graduados em outros países conseguirem a revalidação do diploma no Brasil. “Antes era praticamente impossível passar em uma prova do revalida, mas agora esses números estão crescendo”, diz.
Para
Brenda, a possibilidade de ter o diploma aceito em mais de um país é outra
vantagem de cursar a graduação no exterior: “Não estamos pensando só no Brasil.
Nosso diploma será válido em 57 países, então pensamos em exercer a profissão
em outros lugares também”.
Expectativas
Os preparativos desde o primeiro contato com o programa já duram cerca de cinco meses. Para conquistar as vagas, os estudantes passaram por uma seleção com base em análise do histórico escolar, entrevistas com os candidatos e com os pais. Além dos quatro goianos, 26 jovens brasileiros embarcam neste mês com destino à Universidade de Kursk.
Os preparativos desde o primeiro contato com o programa já duram cerca de cinco meses. Para conquistar as vagas, os estudantes passaram por uma seleção com base em análise do histórico escolar, entrevistas com os candidatos e com os pais. Além dos quatro goianos, 26 jovens brasileiros embarcam neste mês com destino à Universidade de Kursk.
Marcelo
Alves de Oliveira, 18, que tentou várias vezes o tradicional vestibular no
Brasil, acredita que o método de seleção da universidade russa valoriza mais o
estudante. “Eu vejo que são duas realidades: uma que valoriza todos os seus
anos de estudo e outra que é de sorte, que é o vestibular”, opina.
Marcelo
destaca ainda que, além do diploma, ele e os colegas esperam retornar do
exterior com algo extra na bagagem: o crescimento pessoal. “Eu escutei pessoas
falando que qualquer um entra na universidade de lá, mas acredito no quesito da
qualidade da faculdade e você estar preparado para as dificuldades, se adaptar
a uma língua e a uma vida totalmente diferentes”.
O
idioma é motivo de preocupação para eles, que ainda não tiveram contato com a
língua, mas os primeiros três anos do curso são ministrados em inglês, o que
dará tempo para que eles aprendam russo. “A partir do 3º ano a gente
começa a atender a população de lá, então temos que ter noção do russo para
lidar com os pacientes”, explica Guilherme.
Fonte
e foto: G1 - Goiás
Edição:
Nova Glória News
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