Construção em São Vicente começou há 25 anos e nunca foi concluída. Presença dos invasores vem causando insegurança nas imediações.
Uma
construção inacabada virou alvo de criminosos no centro de São
Vicente, no litoral de São Paulo. O local tem sido constantemente invadido
por homens que estão, segundo os moradores do bairro, 'depenando' o prédio.
Partes das janelas estão sendo roubadas e vendidas em um ferro velho a poucos
metros do edifício.
A
obra, que fica na Rua do Colégio, próxima ao nº 43, começou há mais de 25 anos,
mudou de construtora várias vezes, mas nunca foi concluída. Os moradores
próximos ao local contam que a construção foi embargada pela Prefeitura quando
estava sendo finalizada e, desde então, está abandonada.
Sem
fiscalização, o prédio virou alvo de criminosos há aproximadamente sete meses,
mas os roubos acontecem com maior frequência desde janeiro. A presença dos
invasores vem causando insegurança. “Eu preciso sair da portaria para fazer
algum serviço em outro bloco e vou assustada. Já chegaram a mexer comigo, mas
não dou importância. Tenho medo de cismarem”, declara a faxineira de um
condomínio próximo à obra, Ivanete de Jesus.
Além
do medo, outro fator que incomoda a população local é o barulho que os
criminosos fazem para retirar as janelas. A enfermeira Roseli Gindre mora na
rua da construção e revela que não dorme direito. “Quase toda noite o pessoal
acorda com o barulho dos vidros quebrando. Eles batem na janela até derrubar os
vidros e a esquadria, depois fogem", relata a moradora, que pensa em
vender o apartamento por causa da situação que o bairro está vivendo. "Os
assaltos acontecem a toda hora. A gente chega em casa com a chave do portão na
mão. Todos estamos cansados de chamar a polícia e eles nunca vem. Quando vem,
não fazem nada", conta a moradora.
Janelas da obra foram roubadas por criminosos (Foto: G1 Santos)
O
morador Pedro Luiz Brandão também vem sofrendo com a ação dos criminosos. A
casa que ele alugou para morar com a mãe é vizinha da construção, e os cacos de
vidro caem no quintal todos os dias. "Uma vez eu varri e o vidro era tanto
que parecia que tinha quebrado a vidraça inteira no quintal da minha casa",
lembra. Pedro trabalha como porteiro e chega tarde do trabalho. De acordo com
ele, quem mora na rua vive se arriscando. "Vivemos contando com a sorte,
porque a gente não sabe quando vão nos roubar também", completa.
A população já fez dois abaixo-assinados endereçados ao poder público, pedindo que uma base comunitária da Polícia Militar fosse instalada nas imediações, mas nada foi feito. Um terceiro pedido está sendo formulado, desta vez, direcionado especificamente ao prefeito da cidade, Luis Claudio Bili. "Nós estamos reféns dentro das nossas próprias casas e isso é um absurdo. É um descaso do poder público com o que nós estamos vivendo. Alguém precisa olhar para isso", finaliza Roseli.
Resposta
Em nota, a Prefeitura de São Vicente informa que, desde agosto do ano passado, o responsável pela obra foi intimado várias vezes pela Secretaria de Obras e Meio Ambiente para apresentar o habite-se e o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). A Prefeitura alega ainda que solicitou ao responsável que fossem fechados os acessos ao local e que a obra fosse retomada e finalizada. Como o proprietário não cumpriu as determinações, será multado.
A população já fez dois abaixo-assinados endereçados ao poder público, pedindo que uma base comunitária da Polícia Militar fosse instalada nas imediações, mas nada foi feito. Um terceiro pedido está sendo formulado, desta vez, direcionado especificamente ao prefeito da cidade, Luis Claudio Bili. "Nós estamos reféns dentro das nossas próprias casas e isso é um absurdo. É um descaso do poder público com o que nós estamos vivendo. Alguém precisa olhar para isso", finaliza Roseli.
Resposta
Em nota, a Prefeitura de São Vicente informa que, desde agosto do ano passado, o responsável pela obra foi intimado várias vezes pela Secretaria de Obras e Meio Ambiente para apresentar o habite-se e o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). A Prefeitura alega ainda que solicitou ao responsável que fossem fechados os acessos ao local e que a obra fosse retomada e finalizada. Como o proprietário não cumpriu as determinações, será multado.
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