Funcionários denunciam que foram orientados a 'dormir' durante expediente. Comurg garante que normalização das coletas deve ocorrer até junho.
As
falhas na coleta de lixo começaram em fevereiro deste ano, quando a Prefeitura
de Goiânia
deixou de fazer o pagamento a uma das empresas terceirizadas. Com isso, a
Comurg perdeu 29 caminhões e passou a ter apenas 12 veículos em funcionamento,
sendo que para que a situação seja normalizada, o ideal é que até 70 caminhões
estejam em operação. De acordo com o novo presidente da companhia, Nelcivone
Melo, mais 40 veículos novos passam por adaptação e devem começar a circular
até o início de junho.
Enquanto
a situação não é resolvida, os funcionários vão até a sede da Comurg, mas não
conseguem sair para o trabalho. Um servidor, que não quis se identificar, diz
que gravou uma conversa com um dos chefes do transporte e foi orientado a
apenas cumprir o horário. “Chega aqui, bate seu pontinho, fica aqui quietinho
ganhando seu dia. Quem saiu, saiu, quem não saiu fica aí dormindo. Vai lá para
debaixo da mesa e dorme”, destaca a gravação.
Outro
funcionário da Comurg, que também não quis se identificar, diz que passa o dia
todo sem fazer nada. “Estão tirando a gente do trabalho para economizar não sei
o quê, pois está pagando os salários do mesmo jeito. E a cidade na situação que
está”, afirmou.
Nelcivone
Melo destacou que a capital vive uma crise, mas que ela terá solução. “Estamos
trabalhando para que aqueles 29 caminhões voltem a trabalhar, além de outros 14
de outra empresa terceirizada. Além disso, temos o plano de contingência
que é o uso de caminhões comum para ajudar na coleta. Até a solução teremos que
conviver com essa situação”, disse.
Transtornos
Com o impasse e a previsão de que a demora na coleta de lixo continue por mais um mês, pelo menos, os moradores são obrigados a conviver com a sujeira e mau cheiro. “O dia que eles passam para pegar a gente coloca. Mas eles não passam e vai acumulando”, reclama a aposentada Ana Soares, que mora no Jardim Esmeralda.
Transtornos
Com o impasse e a previsão de que a demora na coleta de lixo continue por mais um mês, pelo menos, os moradores são obrigados a conviver com a sujeira e mau cheiro. “O dia que eles passam para pegar a gente coloca. Mas eles não passam e vai acumulando”, reclama a aposentada Ana Soares, que mora no Jardim Esmeralda.
No
Setor Pedro Ludovico a situação é semelhante. A frente do Colégio Estadual Dom
Abel, onde estudantes fizeram prova para um concurso federal no domingo (27),
as lixeiras não comportaram mais o lixo e as sacolas foram acomodadas no chão.
“Tinha gente do país inteiro fazendo prova aqui e vendo essa situação de uma
capital”, disse o gerente de produção Jorcilei Batista.
Porta de colégio está cheia de lixo no Setor Pedro
Ludovico (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Segundo
o engenheiro Marcos Antônio de Oliveira, a coleta de lixo não passa no bairro
há mais de 30 dias. Para tentar amenizar a situação, os próprios moradores
atearam fogo ao lixo e o mau cheiro se espalhou ainda mais. “Os moradores
precisam atear fogo, caso contrário o lixo estaria muito maior”, disse.
Os
parques de Goiânia também não estão livres dos entulhos. As caçambas do Jardim
Botânico, também no Setor Pedro Ludovico, estão transbordando de lixo e quem
frequenta o local precisa desviar das sacolas que tomam conta do passeio.
Em
outro parque na Vila Redenção, a única área de lazer pública do bairro, a pista
de caminhada, também já está cheia de lixo. Segundo os moradores, os caminhões
aparecem sem regularidade e não conseguem levar todo o lixo acumulado. “A gente
tem que sentar aqui e esperar o caminhão de braço cruzado. O dia que ele
aparece a gente aplaude”, disse o pedreiro Paulo Francisco de Oliveira.
O
problema também é compartilhado no Jardim das Aroeiras, onde esperar ônibus nos
pontos virou um grande desafio. O mau cheiro incomoda e o lixo oferece risco de
doenças.
No
Setor Universitário, a sede do diretório do PT, o partido do prefeito Paulo
Garcia, também está tomada pelo lixo. Uma árvore existente no local virou
lixeira e está sufocada em meio as dezenas de sacolas. O mesmo acontece na
frente da sede da Secretaria Municipal de Educação. “É uma situação
lamentável”, diz a moradora Ieda Lucy.
Lixo
também acumula na frente da Secretaria de Educação de Goiânia (Foto:
Reprodução/TV Anhanguera)
Fonte
e foto: G1 - Goiás
Edição:
Nova Glória News
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