Integrante negociava dívidas de empresas simulando ser fiscal da Receita. Hacker pagava as contas com dinheiro desviado de correntistas em todo país.
Quatro
integrantes de uma quadrilha foram presos nesta sexta-feira (4) em dois
escritórios de Goiânia
suspeitos de arrecadar pelo menos R$ 2 milhões aplicando golpes em correntistas
de todo o país. Segundo a Polícia Civil, o grupo procurava empresas com dívidas
junto à Receita Federal e Estadual oferecendo uma proposta de quitação do
tributo com um deságio de 70%. Porém, o dinheiro para fazer estes pagamentos
era obtido depois que um hacker, também integrante da quadrilha, invadia contas
bancárias e desviava o valor total da dívida.
"O
esquema funcionava assim: quando a empresa aceitava a proposta, pagava a
porcentagem exigida pela quadrilha. Só que essa quantia era desviada para a
quadrilha.
A dívida era paga, na verdade, com o dinheiro roubado dos
correntistas. Eles lucravam tudo o que pegavam com as devedoras e dividiam
entre si", explicou ao G1
o delegado Izaías de Araújo Pinheiro, titular do 1º DP de
Goiânia e responsável pelas investigações.
Para
que o golpe não fosse descoberto, um dos suspeitos, que fazia o contato com as
empresas, simulava ser um fiscal da Secretaria da Fazenda. Para que o disfarce
não fosse descoberto, ele utilizava até mesmo um colete do órgão.
A
polícia conseguiu localizar o grupo após denúncia feita por uma agência bancária
em de São Paulo. Um dos clientes foi restituído após ter R$ 200 mil roubados de
sua conta. A partir daí, eles pediram auxílio para que uma investigação fosse
instaurada.
Os
presos foram autuados pelos crimes de formação de quadrilha, furto mediante
fraude, receptação e lavagem de dinheiro. Outras três pessoas, suspeitas de
também integrar o bando, foram conduzidas de forma coercitiva até a delegacia.
Após serem ouvidos, eles acabaram sendo liberados.
Alto
padrão
De acordo com o delegado responsável pelo caso, o grupo esbanjava o dinheiro arrecadado com o crime. "O hacker, por exemplo, mora em um apartamento de R$ 500 mil e anda de carro em último modelo. Além disso, ele gasta muito em boates de ponta toda noite. Ele tem um patrimônio de mais de 1 milhão de reais", revelou.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, o grupo esbanjava o dinheiro arrecadado com o crime. "O hacker, por exemplo, mora em um apartamento de R$ 500 mil e anda de carro em último modelo. Além disso, ele gasta muito em boates de ponta toda noite. Ele tem um patrimônio de mais de 1 milhão de reais", revelou.
A
investigação vai apurar ainda qual a responsabilidade das empresas nesta
questão. "Se o empresário agiu de boa fé, sem saber de que se tratava,
estarão isentos. Agora há a suspeita de que alguns deles pagavam o tributo há
bastante tempo. Nestes casos, eles podem responder por receptação", avisa.
Quadrilha pagava débito com dinheiro
roubado de correntistas (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Fonte
e foto: G1 - Goiás
Edição:
Nova Glória News
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