Décimo suspeito segue em cadeia, pois prisão temporária vence na segunda. Investigação do MP-GO apura desvio de verba na Câmara e Assembleia
Operação apura denúncias de funcionários 'fantasmas' em Goiás
(Foto: Carlos Costa/Alego)
Nove
suspeitos presos na Operação Poltergeist, deflagrada pelo Ministério Público do
Estado de Goiás (MP-GO) para apurar denúncias de servidores “fantasmas” na
Câmara de Vereadores de Goiânia e na
Assembleia Legislativa de Goiás, deixaram a Casa de Prisão Provisória (CPP) de Aparecida
de Goiânia na noite de sábado (5). De acordo com a Secretaria de
Administração Penitenciária e Justiça (Sapejus), as liberações ocorreram após o
vencimento das prisões temporárias.
Inicialmente a informação era de que nove pessoas estavam presas e oito foram liberadas. No entanto, a Sapejus corrigiu os dados e disse que eram 10 presos, pois o último se entregou dois dias depois da captura dos demais. Esse décimo suspeito segue na CPP, pois sua prisão temporária só vence na segunda-feira (7).
Inicialmente a informação era de que nove pessoas estavam presas e oito foram liberadas. No entanto, a Sapejus corrigiu os dados e disse que eram 10 presos, pois o último se entregou dois dias depois da captura dos demais. Esse décimo suspeito segue na CPP, pois sua prisão temporária só vence na segunda-feira (7).
A
investigação que resultou na operação, deflagrada no último dia 1º, durou um
ano e apurou denúncias de existência de pelo menos dois funcionários fantasmas,
que eram contratados pelo gabinete do vereador Divino Rodrigues (PROS), mas não
compareciam. Além disso, existem suspeitos que têm ligação com o deputado
Daniel Messac (PSDB). Procurados, os parlamentares não quiseram se manifestar
sobre o caso.
O
procurador geral do MP-GO, Lauro Machado Nogueira, disse que todas as
informações ainda são apuradas, mas que em apenas um dos casos cerca de R$ 400
mil foram desviados. “Isso foi em um período de um ano e meio, em transferências
bancárias e depósitos. Sem contar o que pode ter sido entregue em espécie”,
afirmou.
Segundo Machado, o grupo investigado contava com um núcleo que contratava os servidores, mas que não executavam as funções. “O esquema criminoso dentro da Assembleia tinha esse núcleo que fazia a contratação e essas pessoas devolviam 90% dos salários recebidos”, disse.
Fraude
Um homem suspeito de ser o agenciador de funcionários 'fantasmas' da Assembleia Legislativa de Goiás aparece em um vídeo na lanchonete da instituição negociando valores com um dos servidores
Segundo Machado, o grupo investigado contava com um núcleo que contratava os servidores, mas que não executavam as funções. “O esquema criminoso dentro da Assembleia tinha esse núcleo que fazia a contratação e essas pessoas devolviam 90% dos salários recebidos”, disse.
Fraude
Um homem suspeito de ser o agenciador de funcionários 'fantasmas' da Assembleia Legislativa de Goiás aparece em um vídeo na lanchonete da instituição negociando valores com um dos servidores
As
imagens, feitas pelo próprio empregado e conseguidas com exclusividade pela TV
Anhanguera, mostram o homem, que é irmão do diretor geral da Casa, recebendo
uma quantia em dinheiro e fazendo críticas a parlamentares: "Político é
sujo. Você não sabe nem um pouquinho, um terço do que eu sei aqui dentro. Não
sabe nada, nada".
Segundo
a investigação, o servidor recebia R$ 8,3 mil mensais sem ter que ir à
Assembleia. Desse montante, ele ficava com R$ 1 mil e passava o restante para o
agenciador. Na decisão judicial que ordenou as prisões, o desembargador João
Waldeck Félix afirmou que "no epicentro do esquema criminoso está o
deputado Daniel Messac”.
Sindicância
Após a operação, o presidente da Assembleia, Helder Valin (PSDB), informou que toda a documentação solicitada foi entregue ao MP-GO. Além disso, ele determinou o recadastramento de todos os servidores efetivos e comissionados e estuda a implantação de um ponto eletrônico. Atualmente, os servidores assinam uma folha de presença.
Uma sindicância também foi aberta e os deputados Luiz Carlos do Carmo (PMDB), Humberto Aidar (PT) e Helio de Sousa (PSDB) foram encarregados de conduzir os trabalhos. “Assim que essa documentação chegar à Assembleia, queremos tomar as providências em um prazo rápido para que, além de corrigir as falhas, elas não ocorram futuramente”, disse Valin.
Se as irregularidades apontadas pelo MP-GO forem confirmadas, os políticos envolvidos podem perder os mandatos. “Não quero fazer nenhum pré-julgamento, mas no regulamento consta que se houver quebra de decoro parlamentar a punição vai até a cassação do mandato”, ressaltou o presidente da Assembleia.
Já a Câmara dos Vereadores de Goiânia informou, em nota, que a operação do MP-GO foi desproporcional e desnecessária, pois todos os documentos apreendidos já são disponibilizados no site da Casa.
Após a operação, o presidente da Assembleia, Helder Valin (PSDB), informou que toda a documentação solicitada foi entregue ao MP-GO. Além disso, ele determinou o recadastramento de todos os servidores efetivos e comissionados e estuda a implantação de um ponto eletrônico. Atualmente, os servidores assinam uma folha de presença.
Uma sindicância também foi aberta e os deputados Luiz Carlos do Carmo (PMDB), Humberto Aidar (PT) e Helio de Sousa (PSDB) foram encarregados de conduzir os trabalhos. “Assim que essa documentação chegar à Assembleia, queremos tomar as providências em um prazo rápido para que, além de corrigir as falhas, elas não ocorram futuramente”, disse Valin.
Se as irregularidades apontadas pelo MP-GO forem confirmadas, os políticos envolvidos podem perder os mandatos. “Não quero fazer nenhum pré-julgamento, mas no regulamento consta que se houver quebra de decoro parlamentar a punição vai até a cassação do mandato”, ressaltou o presidente da Assembleia.
Já a Câmara dos Vereadores de Goiânia informou, em nota, que a operação do MP-GO foi desproporcional e desnecessária, pois todos os documentos apreendidos já são disponibilizados no site da Casa.
Fonte
e foto: G1 - Goiás
Edição:
Nova Glória News
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