Criança ficou com braço preso em porta e caiu, em Aparecida de Goiânia. Condutor foi embora, mas voltou para impedir denúncia; RMTC apura caso.
A
família de um menino 10 anos denuncia que ele sofreu ferimentos ao descer de um
ônibus no Setor Veiga Jardim, em Aparecida
de Goiânia. O motorista não teria visto o momento em que a criança
desembarcava e seguiu viagem. Gabriel Correia caiu, bateu a cabeça no asfalto e
teve diversas escoriações pelo corpo. Além disso, segundo a família, o condutor
do coletivo teria ido embora sem prestar socorro e voltado mais tarde para
fazer ameaças.
Em
nota, a RMTC, responsável pelo consórcio das empresas de transporte coletivo na
Grande Goiânia, informou que acompanhou o socorro à vítima. O comunicado diz
ainda que o órgão está apurando a denúncia sobre as ameaças que teriam sido
feitas pelo motorista.
Além disso, pediu aos usuários que denunciem qualquer
irregularidade na prestação dos serviços pelo telefone 0800-648-2222
0800-648-2222.

A
mãe da criaça, a dona de casa Viviane Correia, conta que o filho sai de casa todos
os dias por volta das 12h e pega o coletivo para ir à escola. Na última
segunda-feira (31), ele chegou atrasado ao colégio e perdeu a aula. Com isso,
pegou o ônibus para voltar e, no desembarque, sofreu o acidente.
Gabriel
conta que o motorista fechou a porte antes que ele colocasse os pés no chão.
“Na hora que eu puxei meu braço, caí e bati a cabeça. Aí desmaiei e não me
lembro de mais nada”, afirma. O ferimento mais grave foi no olho esquerdo, que
permanece com muito inchaço.
Uma
mulher que passava pelo local no momento do acidente, e que não quis se
identificar, conta que ajudou a socorrer o menino. “Ele caiu de rosto, bateu a
cabeça no chão. Quando eu vi, imediatamente saí correndo. O ônibus estava
parado a alguns metros para frente. Eu fiz sinal para ele voltar, mas o
motorista foi embora sem prestar socorro.
Como sou técnica em enfermagem, me
preocupei em manter a criança no chão e consciente até a chegada do Samu
[Serviço de Atendimento Móvel de Urgência]”, lembra.
Gabriel teve vários ferimentos pelo corpo, o mais grave,
no rosto (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
O
menino foi levado para um hospital e passou por exames. Ele foi liberado no
mesmo dia, mas ainda reclama de muitas dores no olho e sente tonturas. Segundo
a mãe, ele precisará passar por acompanhamento médico por três meses e não pode
andar sozinho durante esse período.
Ameaças
Uma moradora do bairro, que também pediu para não ter a identidade revelada, diz que o motorista voltou ao bairro horas mais tarde para ameaçar o garoto. “Ele voltou depois com ignorância, falando que estavam prejudicando ele e que o menino estava pendurado na janela”, relatou.
Uma moradora do bairro, que também pediu para não ter a identidade revelada, diz que o motorista voltou ao bairro horas mais tarde para ameaçar o garoto. “Ele voltou depois com ignorância, falando que estavam prejudicando ele e que o menino estava pendurado na janela”, relatou.
A
mãe de Gabriel afirma que o homem localizou o endereço da família e fez
ameaças. “Ele descobriu onde era a casa da minha sogra e foi lá, dizendo que
meu filho estava ‘surfando’ em cima do ônibus. Aí começou a xingar lá na porta
e depois me ligou, dizendo que iria espancar todo mundo se a gente denunciasse
o caso”, relatou Viviane, que ainda não registrou uma ocorrência na polícia.
Revoltada, ela pede justiça. “Eu não tenho medo dele”, garantiu.
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