Segundo ele, unidade de saúde de Goiânia não tinha cômodo adaptado. Aposentado critica falta de acessibilidade: 'Situação muito chata'.
Esmar não conseguiu entrar com a cadeira de rodas no banheiro (Foto:
Arquivo pessoal)
Devido
à falta de acessibilidade, um cadeirante aposentado passou por uma situação
constrangedora em Goiânia.
Edmar Silva foi até o Hospital Maria Auxiliadora para fazer um ultrassom da
bexiga e, por isso, teve de tomar quase um litro de água. Porém, quando
precisou ir ao banheiro, não conseguiu passar pela porta e foi informado que a
unidade não tinha nenhum cômodo adaptado para pessoas com deficiência. Diante
da dificuldade, ele conta que teve de urinar na rua.
O G1 tentou contato com
o hospital, mas ninguém atendeu às ligações até a publicação desta reportagem.
O
fato ocorreu no último dia 12 e deixou o cadeirante transtornado. Ele reclamou
da falta de condições para pessoas na mesma situação que ele. "Saí de lá
com a minha esposa e a única solução que encontramos foi para trás de uma
árvore no Bosque dos Buritis e urinar ali mesmo. Foi uma situação muito chata.
Por pouco, não urino na roupa. Sem contar que havia várias pessoas ali por
perto", disse ao G1.
Edmar
teve paralisia infantil aos 4 anos e, desde então, sempre caminhou com ajuda de
muletas. Em 2010, quebrou o fêmur ao cair de um degrau da escada. Devido às
dores que sentia ao tentar andar, mesmo com apoio, optou por se locomover em
uma cadeira de rodas.
"O
mundo não é acessível. Tudo isso ocorreu por falta de um banheiro adaptado. As
pessoas não sabem a situação que vão encontrar na vida. Amanhã qualquer um pode
ter o mesmo problema”, lamenta.
Adaptação
Edmar mora junto com a esposa, a artesã Maria Eliane Silva, no Jardim Curitiba I, na região noroeste de Goiânia. Para que ele pudesse se locomover dentro da própria casa, foram necessárias várias adaptações.
Edmar mora junto com a esposa, a artesã Maria Eliane Silva, no Jardim Curitiba I, na região noroeste de Goiânia. Para que ele pudesse se locomover dentro da própria casa, foram necessárias várias adaptações.
"Depois
que fiz essa rampa na porta de casa, ficou mais acessível, mas antes eu
precisava da ajuda da minha mulher para poder entrar. Também tem uma rampa que
dá acesso à área de serviço. Só aqui eu me sinto livre", afirma.
Maria
Eliane conta que, quando o marido sai de casa, a situação fica complicada por
conta da situação crítica das calcadas. Muitas vezes, afirma, ele tem que andar
no meio da rua.
"Sou
as pernas dele. Quando chega na esquina, já está cansado. Eu que tenho que
pegar no batente. Tem que melhorar, o governo tem que pensar mais no deficiente
e fazer mais acesso para eles. Eles também são gente", reclama.
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