Apesar
de oferecer risco de morte, a compra e venda de armas de pressão, ou chumbinho,
não tem qualquer restrição no País.
A única exigência é que o comprador tenha
mais de 18 anos. Portaria nº 36-DMB, de 9 de dezembro de 1999, estabelece que
armas de pressão por ação de mola, com calibre igual ou inferior a 6mm, não são
armas de fogo e por isso não necessitam de registro para sua aquisição ou de
guia de tráfego para transporte e deslocamento. Mas esse tipo de equipamento já
foi causa de pelo menos três tragédias em Goiás. Ontem, um menino de 4 anos foi
sepultado em Aparecida de Goiânia após ser atingido por acidente.
O
caso ocorreu em Buriti Alegre, onde a família estava a passeio. A criança foi
atingida no abdômen, chegou a ser socorrida, mas não resistiu. O caso será
investigado pela Delegacia de Goiatuba, que responde pela cidade. O delegado
Gustavo Carlos Ferreira vai assumir as investigações. O advogado da família
entrou em contato com o DP para informar que o avô, que estaria manuseando a
arma de pressão no momento do acidente, vai se apresentar ainda esta semana.
Mas já foi informado que o fato ocorreu por acidente e que toda a família está
abalada. Durante o velório, ontem à tarde, os familiares não quiseram falar com
a imprensa.
Em
Catalão, no dia 12 de março, um adolescente de 13 anos também morreu após
disparo de uma espingarda de pressão carregada com chumbinho. Ele foi atingido
na testa e, apesar de ter recebido atendimento logo após o fato, não resistiu.
Quem disparou foi um amigo da vítima, de 14 anos. Eles estariam brincando na
casa desse amigo quando ocorreu o disparo. A arma seria do pai do autor, que
teria adquirido o equipamento há menos de cinco meses para distração. O
delegado que avaliou o caso, Vagner Sanchez Pedroso, disse que o pai afirmou
que ele alegou não saber que a arma estava carregada.
O
pai pode ser responsabilizado pela morte e até ser indiciado por homicídio
culposo, quando não há intenção de matar.
Em
dezembro de 2011, uma menina de 4 anos também foi atingida. Ela estava
brincando com a irmã na sacada do apartamento onde morava, no Jardim das Aroeiras,
quando um vizinho disparou e a atingiu na cabeça.
O
autor do disparo, um menino de 12 anos, teria entrado na casa de outro vizinho
com a intenção de chamá-lo. Nesse momento, ele entrou na casa e viu o
equipamento. Assim que pegou a arma, foi para a sacada e chamou a irmã mais
velha da criança, de 11 anos. Ele efetuou o disparo, mas alegou que não tinha a
intenção de machucar as meninas. A criança ficou internada por duas semanas e
recebeu alta.
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