Quebra de sigilo revela lucro de R$ 90 mi em empresa de doleiro, diz PF
Alberto Youssef foi preso durante operação para combater
o crime de lavagem de
dinheiro (Foto: Reprodução/RPC TV)
A
Polícia Federal (PF) informou, na manhã desta quarta-feira (26), que obteve a
quebra de sigilo bancário de uma das empresas do doleiro Alberto Youssef, alvo
das investigações da operação
Lava-Jato, desencadeada para combater o crime de lavagem de dinheiro.
Segundo a PF, a empresa "MO Consultoria e Laudos Estatísticos"
movimentou cerca de R$ 90 milhões entre 2009 e 2013. O destino do dinheiro não
foi revelado pela PF.
A
operação Lava-Jato foi realizada em seis estados brasileiros e no Distrito
Federal e prendeu 24 pessoas, entre elas o doleiro Youssef e o ex-diretor da
Petrobras Paulo Roberto da Costa. Ambos estão presos na sede da PF em Curitiba.
Youssef, de acordo com a PF, era um dos chefes da quadrilha, que lavava
dinheiro através de várias empresas de fachada. As investigações tramitam em
segredo de Justiça e revelaram que o grupo movimentou R$ 10 bilhões.
O
advogado de Youssef, Antônio Figueiredo Bastos, foi procurado pelo G1 e não quis dar
detalhes sobre a quebra de sigilo. “Apenas lamento que informações de
documentos sigilosos estão sendo reveladas para a imprensa antes de ser objeto
judicial. Vejo isso como se quisessem forçar a uma comoção sobre o assunto”,
comentou. Bastos informou ainda que aguarda o fim das investigações para adotar
as medidas judiciais que considerar necessárias.
Indícios
de que o ex-diretor Paulo Roberto recebeu propina do doleiro Youssef para
favorecer empresas em contratos para a construção da Refinaria de Abreu e Lima,
em Pernambuco, estão sendo investigados pela PF. Os pagamentos foram feitos
entre julho de 2011 e julho de 2012, apontam as investigações. A obra orçada em
R$ 2 bilhões já custou R$ 18 bilhões, segundo o Tribunal de Contas da União
(TCU), que constatou superfaturamento em alguns contratos.
“Havia
dentre os documentos que a gente tem, uma indicação de recebimento de comissões
com a sigla do CNCC, que era do consórcio de Abreu e Lima, com valores próximos
do que eles mencionam nesse dialogo - algo em torno de R$ 7 ou R$ 8 milhões”,
afirmou o delegado da PF Márcio Anselmo.
O
advogado que representa Paulo Roberto, Fernando Augusto, negou que o cliente
tenha tido qualquer relação com o doleiro enquanto estava na Petrobras, e
afirmou que a PF não apresentou provas de qualquer irregularidade.
A
Construtora Camargo Correia, responsável por parte da obra da Refinaria de
Abreu e Lima, também se manifestou e afirmou indignação, alegando ter sido
citada por terceiros sem qualquer fundamento.
Entenda
a operação Lava-Jato
A operação foi realizada no dia 17 de março em 17 cidades do Paraná, em São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Mato Grosso e no Distrito Federal. As investigações eram realizadas desde 2013. O montante bilionário foi arrecadado em três anos, segundo a PF.
A operação foi realizada no dia 17 de março em 17 cidades do Paraná, em São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Mato Grosso e no Distrito Federal. As investigações eram realizadas desde 2013. O montante bilionário foi arrecadado em três anos, segundo a PF.
Ainda
conforme a PF, a quadrilha envolve personagens do mercado clandestino de câmbio
no Brasil e é responsável pela movimentação financeira e lavagem de ativos de
diversas pessoas físicas e jurídicas envolvidas com vários crimes. Youssef
morava em Londrina, no norte do Paraná, e foi preso em São Luiz, no Maranhão.
Já Paulo Roberto foi preso no Rio de Janeiro.
Durante
a ação, os policiais apreenderam carros de luxo, R$
5 milhões em espécie, além de outros objetos de valor.
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