A técnica em enfermagem Rayline
Campos, uma das passageiras do bimotor que levava uma equipe com profissionais
de saúde de Itaituba
para uma aldeia indígena em Jacareacanga, sudoeste do
Pará, pediu socorro ao tio por mensagens no telefone celular minutos antes de a
aeronave desaparecer. Ela mora em Santarém, oeste do Estado, e trabalha em
Jacareacanga. Duas mensagens foram enviadas do telefone celular de Rayline para
o celular do tio, Rubélio Santos, que mora em Santarém.
Na
primeira mensagem, às 12h17, a técnica em enfermagem avisava o tio sobre o
perigo. “Tio to em temporal e um motr parou avisa a mae q amo muit tods ...to
aflita.to em pânico...se eu sair bem aviso...to perto do jkre...reza por
nos...n avisa a tia ainda... (sic)”, dizia a mensagem.
Na
segunda, quase meia hora depois, às 12h48, Rayline pediu socorro. “O motor ta
parando.socorro tio tio (sic)”.
Segundo
Rubélio, a sobrinha saiu de Santarém na segunda (17) para trabalhar.
“Esteve
aqui em Santarém, viajou ontem para ir para Itaituba e pegar o avião hoje para
ir para Jacareacanga. Ela passa às vezes quinze dias ou vinte dias para lá e
volta pra cá pra passar o dia com a gente. Na hora que estava acontecendo o
problema com o avião, ela passou duas mensagens que tinha parado o motor e
pedindo socorro. Depois, ninguém teve mais contato com ela”, contou.
De
acordo com o tio de Rayline, eles têm familiares em Itaituba e Jacareacanga e
mantêm contato com eles a respeito da situação.
A
família ainda tem esperanças de que ela esteja com vida porque conheciam o
piloto do bimotor e sabem que ele é experiente, disseram.
Buscas
suspensas.
Um
helicóptero da Força Aérea Brasileira foi deslocado de Manaus para realizar
buscas em Jacareacanga. No entanto, no começo da noite, um tempestade impediu
que o trabalho prosseguisse e as buscas foram suspensas. De acordo com a
Aeronáutica, um avião pelicano do esquadrão de buscas e resgate saíra de Campo
Grande (MS) para auxiliar na procura pela aeronave no Pará na manhã de
quarta-feira (19).
De
acordo a Agência nacional de Aviação Civil (Anac), a situação da aeronave
desaparecida, de matrícula PR-LMN, estava regular. A Inspeção Anual de
Manutenção (IAM) e o Certificado de Aeronavegabilidade (CA) estavam em dia.
A
reportagem realizou novo contato com a empresa Jotan Taxiaéreo, dona na
aeronave desaparecida. No entanto, a empresa informou que ainda não irá se
pronunciar a respeito do caso.
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