Câmeras flagraram agressões contra a mulher, que precisou ser internada. Marido diz que agora irmã vai cuidar da idosa; agressora continua presa.
Após
13 dias internada, a aposentada Maria Rosa, 67 anos, que foi agredida pela
cuidadora dela, em Inhumas,
a 48 quilômetros de Goiânia, recebeu alta médica e já está em casa. O marido da
vítima, José Maniezo Filho, diz que agora vai deixar a mulher sob os cuidados
de uma irmã e que tudo será diferente. “Temos que seguir a vida, mais feliz um
pouco. Estávamos muito tristes com o jeito em que ela estava”, relatou.
A
idosa foi hospitalizada com quadro de infecção urinária e desnutrição, no último
dia 17. Ela passou dez dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital
Maternidade Dona Latifa e mais três na enfermaria. Em seguida, recebeu alta no
último sábado (29).
Maria
Rosa foi agredida pela cuidadora Maria Divina Almeida, 33 anos, que foi presa
no último dia 27. Câmeras escondidas na casa da vítima registraram as agressões
(veja vídeo acima).
Em uma das imagens é possível ver que a cuidadora coloca a mão nos próprios
órgãos genitais e obriga a idosa a cheirá-la. Em outra situação, a mulher
apanha por deixar cair um pouco de comida ao ser alimentada.
Segundo
os familiares, Maria Rosa sempre foi trabalhadora e zelosa com os afazeres
domésticos. Ela sofreu dois derrames, que deixaram sequelas, mas ela demonstra
estar lúcida e traumatizada com as agressões sofridas. Enquanto o marido falava
sobre o assunto com a reportagem, ela começou a chorar. “Minha irmã não vai
judiar dela”, ponderou o marido.
A
cunhada da vítima Marli Maniezo, que agora vai cuidar da idosa, conta que
começou a desconfiar que algo estava errado por que a casa estava ficando suja
e ao ver um hematoma na testa de Maria Rosa. “Isso não melhorava aí eu e outras
irmãs minhas a questionamos. Eu disse que ela não podia mentir e que levantasse
o polegar se a Maria Divina a tivesse machucado. Ela estava deitada no sofá e,
com muita dificuldade, levantou o dedo”, disse.
Câmera registra Maria Divina Almeida torturando a idosa
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
A
partir daí, o marido da idosa decidiu instalar duas câmeras na casa para saber
o que acontecia durante o período em que estava fora. O homem trabalha o dia
inteiro e não conseguia fiscalizar o trabalho da cuidadora de outra maneira.
Poucos dias depois, as agressões foram registradas e a família denunciou Maria
Divina, que recebia um salário mínimo por mês pelo serviço.
Após ser presa, a mulher disse à polícia que antes cuidava bem da idosa, mas confessou os atos e justificou as agressões afirmando que passava por um momento de estresse. “Na hora do estresse... [é] fora de brincadeira o tanto que eu arrependi”, afirma a suspeita. "Eu via ela (sic) como minha mãe, porque minha mãe já faleceu, daquele jeito, idosa já", justificou.
Após ser presa, a mulher disse à polícia que antes cuidava bem da idosa, mas confessou os atos e justificou as agressões afirmando que passava por um momento de estresse. “Na hora do estresse... [é] fora de brincadeira o tanto que eu arrependi”, afirma a suspeita. "Eu via ela (sic) como minha mãe, porque minha mãe já faleceu, daquele jeito, idosa já", justificou.
De
acordo com a Polícia Civil, vizinhos relataram que a cuidadora deixava a idosa
sozinha durante boa parte do dia e só retornava pouco antes do marido da vítima
voltar do trabalho.
Fonte e foto: G1 - Goiás
Edição:
Nova Glória News
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