Saúde diz que familiares foram incumbidos contar sobre morte de menina. Juliane Santos, de 22 anos, passou por um mês de tratamento e cirurgias.
Depois de um mês de tratamento no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), em Brasília, recebeu alta nesta segunda-feira (10) a dona de casa Juliane Santos, de 22 anos, que teve 40% do corpo queimados durante ataque de criminosos a um ônibus em São Luís, no Maranhão, no dia 3 de janeiro.A Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou que a família de Juliane foi incumbida de relatar a ela sobre a morte da filha, Ana Clara, de 6 anos, que teve 95% do corpo queimados no ataque.
“Foi difícil, mas Deus é bom e eu estou aqui, eu sou a prova de que Deus existe”, disse Juliane ao deixar o hospital, sem saber da morte da filha.
Juliane foi tratada no Distrito Federal a pedido da família, já que o Hran é considerado um hospital de referência no tratamento de queimados. Ela tem parentes na capital federal.
Segundo a Secretaria de Saúde, Juliane recebeu acompanhamento psicológico e psiquiátrico. Ela terá de voltar algumas vezes ao hospital para trocar os curativos.
Ataques a ônibus e a delegacias no Maranhão foram registrados no início do ano depois de uma operação da Tropa de Choque da Polícia Militar no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. No total, quatro ônibus foram incendiados na capital do Maranhão e duas delegacias foram alvo de tiros.
O secretário de Segurança Pública do Maranhão, Aluísio Mendes, disse que os ataques foram ordenados por detentos do presídio. No dia 2 de janeiro, dois presos foram encontrados mortos em Pedrinhas. Em 2013, de acordo com um relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) entregue em 27 de dezembro, 60 detentos morreram em presídios do Maranhão.
uliane estava com as filhas Ana Clara e Lorrane Beatriz Santos, de 1 ano e 5 meses, em um dos ônibus atacados, na Vila Sarney, que foi incendiado por homens armados (veja vídeo ao lado). Segundo familiares da mãe de Ana Clara, Juliane disse que não encontrou a filha de 6 anos no meio do fogo e só conseguiu descer com a outra filha, Lorrane, nos braços.
De fora do ônibus, ela teria visto o entregador Márcio Ronny resgatar Ana Clara e se abraçar com ela para tentar apagar o fogo das roupas da criança, que sofreu queimaduras em praticamente todo o corpo.
Por ter histórico de depressão, ela não foi informada na época do atentado sopbre a morte da filha, que foi sepultada no dia 7 de janeiro cemitério Jardim da Paz, na Estrada de Ribamar, em São Luís.
O crime contribuiu para a morte do bisavô paterno de Ana Clara, Dasico Rodrigues da Silva, de 81 anos. Ele teve um infarto e morreu dois dias depois dos ataques, após tomar conhecimento do estado de saúde da neta, que era crítico naquele momento.
Outras duas vítimas do ataque, a operadora de caixa Abiancy Silva dos Santos, de 35 anos, e a filha menor de Juliane, Lorrane, receberam alta médica dias depois do ataque. O entregador Márcio Ronny foi transferido no dia 8 de janeiro para o Centro de Referência de Queimados em Goiânia (HGG).
Fonte
e foto: G1 Distrito Federal
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