Segundo ela, cada lata do alimento custa R$ 170 e dura apenas 1 dia. Garoto de 3 anos precisa fazer exame de R$ 12 mil, mas plano não cobre.
A
família de Rafael Rodrigues, de 3 anos, luta para descobrir qual a doença do
garoto, que não consegue se alimentar. Enquanto isso, os pais passam
dificuldade para tentar dar ao menino os remédios e o único alimento que ele
consome, um leite importado. Cada lata do produto custa R$ 170 e a criança toma
uma por dia.
Os
médicos ainda não conseguiram diagnosticar a doença de Rafael. "Enquanto
isso, o problema é tratado como alergia alimenta, mas a gente não tem tido
resultado”, diz a mãe da criança, Edna Rodrigues Silva.
Em
uma das últimas consultas, o médico pediu que um exame genético fosse feito
para tentar descobrir qual é a doença de Rafael. Entretanto, o plano de saúde
da família, Unimed, negou por duas vezes a realização do procedimento, que na
rede particular custa R$ 12 mil. “É um exame genético, o sequenciamento de
exoma, mas o plano de saúde me nega alegando que não está no rol de
procedimentos”, diz Edna.
A
Unimed Goiânia
informou, em nota, que não se responsabiliza pelo exame porque ele “não consta
no rol de procedimentos obrigatórios do plano e isso é estabelecido pela
Agência Nacional de Saúde Suplementar”.
Para
piorar a situação da criança, os pais acreditam que ele foi vítima de um erro
médico durante uma biópsia feita quando ele tinha 1 ano e 9 meses. “Ele
apresentou no enema um estreitamento no reto e a médica sugeriu para fazer uma
biópsia e, durante o procedimento, foi quando perfurou o intestino. O que era
para ser uma solução acabou se tornando um problema a mais para gente porque
hoje ele é colostomizado devido a esse procedimento”, relata a mãe.
A
colostomia é um procedimento cirúrgico que consiste em fazer uma abertura
na parede abdominal e ligar nela uma terminação do intestino, pela qual as
fezes e gases passam a ser eliminados. Por causa disso, Rafael precisa trocar a
fralda mais de 20 vezes por dia. Os pais denunciaram o caso ao Ministério
Público. “Fomos lá e agora o caso está nas mãos deles”, diz a mulher.
Custos
A prefeitura de Aparecida de Goiânia fornecia o leite especial para o menino para, no máximo, 20 dias do mês. No entanto, desde o dia 6 de abril os pais não conseguem retirar o alimento, que está em falta na rede pública.
A prefeitura de Aparecida de Goiânia fornecia o leite especial para o menino para, no máximo, 20 dias do mês. No entanto, desde o dia 6 de abril os pais não conseguem retirar o alimento, que está em falta na rede pública.
De
volta ao posto de saúde do Centro da cidade na terça-feira (29), a mãe foi
informada pelos funcionários que ainda era preciso comprar o leite. “Falaram
que tinha feito um pregão, mas tinha que esperar, que não tinha previsão de
quando o leite iria chegar,” contou Edna.
Rafael Rodrigues, de 3 anos, só pode se alimentar de
leite especial (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)
A
Secretaria Municipal de Aparecida de Goiânia informou nesta quarta-feira (30)
que comprou em caráter emergencial 20 latas do leite especial. O produto deve
ser entregue ainda nesta quarta-feira na casa da família.
Com
uma renda de R$ 1,7 mil, a família tem que comprar latas de leite importado
para os dias que a prefeitura não fornece, pagar R$ 400 do plano de saúde do
menino, cerca de R$ 500 em remédios e mais os pacotes de fraldas. “Sobrevivemos
com a ajuda de amigos e familiares. Até quando a gente vai conseguir dar um
tratamento digno do meu filho?”, questiona a mãe de Rafael.
Os
pais sonham em ver o filho se alimentando. “Até quando a gente vai conseguir
dar um tratamento digno ao meu filho. Ele está no sofá vendo TV e me pergunta:
‘Mamãe, você vai pegar bolacha? ’ Eu respondo: ‘Não, meu filho, estou limpando
o armário’. Ele me pergunta por que eu não vou comer e eu respondo que também
tenho alergia. Quando eu respondo isso, ele concorda, mas fica doido querendo
que eu pegue para dar para ele”, conta.
Fonte
e foto: G1 - Goiás
Edição:
Nova Glória News
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